Doenças não transmissíveis de suínos

As doenças não contagiosas dos suínos são aquelas que não são transmitidas de um indivíduo para outro. Tais doenças só podem representar um perigo para um animal doente. É importante para o agricultor entender essas enfermidades, saber como elas se manifestam, pois a maioria delas causa grandes prejuízos à fazenda. Este artigo se concentrará nas doenças do aparelho digestivo, respiratório e distúrbios metabólicos em suínos, doenças que não estão de forma alguma associadas à infecção.

Leitões doentes

Características e tipos

Os suínos são suscetíveis a uma grande variedade de doenças que podem causar grandes prejuízos ao proprietário da fazenda. As doenças não contagiosas incluem aquelas que não são causadas por vírus, mas por vários distúrbios do corpo. Esses incluem:

  1. Doenças do aparelho digestivo de etiologia não infecciosa – envenenamento, processos inflamatórios nos intestinos e estômago.
  2. Doenças do aparelho respiratório – pneumonia, bronquite, broncopneumonia.
  3. Distúrbios metabólicos causados ​​pela falta de vitaminas e oligoelementos no corpo dos animais.

A seguir serão consideradas em ordem as doenças comuns que não são perigosas para o rebanho, mas requerem pronta intervenção e tratamento humano.

Gastroenterite

Esta é uma doença do trato digestivo, na qual o estômago e os intestinos são afetados. Acima de tudo, os leitões com menos de um mês sofrem com isso. O seu sistema digestivo ainda não está adaptado e é vulnerável. A principal razão para o desenvolvimento de gastroenterite em animais jovens é o erro na alimentação:

  1. Fornecer ração de baixa qualidade (estragada, mofada) ou volumosa.
  2. Alimentar alimentos quentes ou muito frios.
  3. Beber água contaminada.
  4. Abuso de comida seca.

beber água contaminada

A gastroenterite de etiologia não contagiosa também pode se desenvolver com disbacteriose. Considere os sintomas da doença:

  • Diarréia.
  • Vômito.
  • Opressão geral.
  • Perda de apetite.
  • Ligeiro aumento de temperatura.
  • Partículas de alimentos não digeridas são encontradas nas fezes.

Atenção! Antes de iniciar o tratamento da gastroenterite, é necessário excluir o envolvimento do vírus no desenvolvimento da doença, pois também existe gastroenterite viral.

Se for estabelecido que uma infecção viral não causou indigestão, o leitão é mantido em dieta de fome por um dia. Em seguida, alimentos de fácil digestão são introduzidos em sua dieta, fornecidos de forma quente. O tratamento inclui o uso de:

  1. Medicamentos antimicrobianos ou antibacterianos.
  2. Sorventes.
  3. Globulina.
  4. Vitaminas.

Referência. O agricultor deve organizar adequadamente a nutrição dos leitões e monitorar a qualidade da base alimentar, para excluir a entrada de substâncias nocivas e toxinas na alimentação.

Envenenamento por mofo

Os porcos muitas vezes sofrem de envenenamento por mofo. Esta doença ocorre quando se administra ração de baixa qualidade afetada por mofo. O envenenamento é acompanhado por intoxicação grave do corpo, aumento dos gânglios linfáticos e manifestações de gastroenterite. A doença pode ser aguda e lenta, por isso nem sempre é possível reconhecer os sintomas. Considere como o envenenamento por mofo em porcos se manifesta:

Diarréia como sinal

Diarréia como sinal

  • Disfunção intestinal – constipação ou diarréia.
  • Perda de apetite.
  • O animal parece cansado, deprimido.
  • Com intoxicações graves e curso agudo da doença, podem aparecer vômitos, tremores nos membros, convulsões e aumento da salivação.

O tratamento visa aliviar os sintomas e a intoxicação do corpo. Em primeiro lugar, é necessário retirar os alimentos contaminados da dieta. Para eliminar toxinas, utilizam-se sorventes, laxantes (se o animal tiver prisão de ventre) e adstringentes (para diarreia). O porco é transferido para uma dieta dietética. Nos primeiros dias de tratamento são oferecidos apenas falantes líquidos e bastante líquido proveniente da alimentação.

Atenção! Os grãos ou feno afetados por uma infecção fúngica escurecem, cheiram a umidade ou podridão. Tendo encontrado vestígios de mofo, é necessário substituir completamente a base de alimentação. Os grãos e o feno devem ser secos antes do armazenamento e armazenados em uma área bem ventilada.

Envenenamento por sal

Se um porco comer muitos alimentos ricos em sal, pode ficar doente. Esta condição é extremamente perigosa, pois acarreta perturbações do sistema cardiovascular, dos rins e de outros órgãos vitais. Sintomas de envenenamento por sal:

  1. Sede forte.
  2. Recusa em comer.
  3. Frequência cardíaca lenta ou aumentada.
  4. Pupilas dilatadas.
  5. Convulsões.
  6. Coma.

pupilas dilatadas

pupilas dilatadas

Quando tais manifestações da doença são detectadas, é necessário agir rapidamente. O porco recebe um conta-gotas com cloreto de cálcio e gluconato de cálcio é administrado por via intramuscular. O animal deve receber bebida, mas a princípio em quantidade limitada.

Atenção! O consumo excessivo de sal por um porco leva à morte. A dose letal desta substância é superior a 125 gramas por dia.

Bloqueio do esôfago

Ao engolir grandes fragmentos de alimentos ou corpos estranhos, em alguns casos ocorre um quadro agudo – obstrução do esôfago. Pode ser completo ou parcial. Essa condição provoca interrupção do funcionamento dos intestinos, acúmulo de gases no estômago e intoxicação. Considere os sintomas característicos de obstrução do esôfago:

  1. O animal para de comer.
  2. Com o fechamento parcial do tubo esofágico, o porco bebe e não recusa alimentos líquidos.
  3. A caxumba fica preocupada, ela estica o pescoço, tenta arrotar o corpo estranho.
  4. No futuro, aparecem sinais de intoxicação, depressão, falta de ar, tosse.

O tratamento envolve a remoção imediata de um objeto preso no esôfago. Isso é feito manualmente ou com sonda (dependendo da localização pretendida do corpo estranho). Na impossibilidade de extraí-lo por qualquer meio, recorrem à intervenção cirúrgica. Em seguida, o porco é alimentado com alimento líquido digerível até que os intestinos sejam restaurados.

Referência. Para evitar esta situação, o agricultor deve oferecer aos animais ração picada, bem como limpar o estábulo e o curral. A base de alimentação deve ser verificada quanto à presença de corpos estranhos.

Estomatite

A inflamação da mucosa oral é chamada de estomatite. Ocorre quando ocorre dano mecânico ou químico no palato, gengiva ou região bucal. Quando uma infecção bacteriana ou fúngica entra na ferida, desenvolve-se um foco de inflamação. Se nenhuma ação for tomada, com o tempo o processo inflamatório se espalhará por toda a cavidade oral. Sintomas da doença:

Na hora de comer o porco mastiga delicadamente, campeões

Na hora de comer o porco mastiga delicadamente, campeões

  • Perda de apetite.
  • Na hora de comer, o porco mastiga delicadamente, campeões.
  • Salivação.
  • Ulceração na boca.
  • Cheiro desagradável da boca.
  • O animal bebe muito.

O tratamento inclui o tratamento da boca com soluções desinfetantes – irrigação com furacilina, solução de refrigerante ou permanganato de potássio. Um bom efeito é alcançado ao usar decocções de ervas que ajudam a aliviar a inflamação – camomila, sálvia.

Referência! Os sintomas da estomatite são semelhantes às manifestações de uma doença infecciosa – a raiva. Antes de iniciar o tratamento, é necessário chamar um veterinário para um diagnóstico preciso.

Catarro do estômago

A inflamação do revestimento do estômago é chamada de catarro. A doença ocorre por diversos motivos, mas o erro nutricional é de importância decisiva. Comer ração de baixa qualidade e beber água contaminada provoca o predomínio da microflora patogênica no estômago, o que leva a um processo inflamatório. Muitas vezes, invasões helmínticas, doenças infecciosas e estomatites estão relacionadas à ocorrência da doença.

Invasões helmínticas

Invasões helmínticas

Sintomas:

  • Pouco apetite.
  • Diarréia alternando com constipação.
  • Fezes com impurezas de muco.
  • Mudança nas preferências de gosto.
  • A saliva é espessa.
  • Ansiedade.
  • Cheiro desagradável da boca.
  • Perda de peso.

O tratamento inclui dieta. O animal não é alimentado por um dia, depois recebem locutores, decocções mucosas, raízes cozidas. Se a diarreia não parar, administre medicamentos adstringentes ou decocções de ervas.

Avitaminose

A falta de vitaminas no corpo é chamada de avitaminose. Normalmente, a falta de substâncias é detectada na estação fria, após o término da estação de pastagem. A avitaminose leva a distúrbios no funcionamento dos órgãos internos, alterações na composição do sangue e em seus indicadores de qualidade, afeta o ganho de peso e causa retardo de crescimento. A avitaminose é frequentemente acompanhada por uma variedade de patologias:

  1. Deficiência visual.
  2. Dermatite.
  3. Distúrbio digestivo.
  4. Distúrbios nervosos.
  5. Deformidade esquelética.
  6. Imunidade enfraquecida.

Se forem detectados sintomas de falta de vitaminas no organismo, o tratamento é realizado. O animal é introduzido na dieta com alimentos que contenham as substâncias necessárias, e também são utilizados medicamentos para compensar a falta de vitaminas – A, E, K, C, D (dependendo do tipo de beribéri identificado).

Envenenando plantas venenosas

Enquanto pastam, os porcos podem comer ervas venenosas. As plantas que contêm venenos por vezes acabam em rações preparadas pelos agricultores. As mais perigosas para os porcos são as ervas e flores – botões de ouro, cavalinha, droga, marcos, colza e heléboro.

Porcos podem comer ervas venenosas

Porcos podem comer ervas venenosas

Os sintomas de envenenamento aparecem abruptamente:

  1. Opressão, fraqueza.
  2. Diarréia com sangue, vômito.
  3. As pupilas estão dilatadas.
  4. Tremores musculares, convulsões.
  5. Diminuição da temperatura.
  6. Paralisia, coma.

O tratamento dessas intoxicações inclui lavagem gástrica, introdução de antídotos, administração de sorventes, locutores mucosos, óleos, para evitar a absorção de venenos pelo sangue. Em casos graves, pode ser necessária estimulação cardíaca.

Distrofia óssea

A distrofia óssea afeta mais frequentemente as porcas durante a baia. Esta doença se desenvolve devido à falta de fósforo e cálcio, vitaminas D e A no corpo do animal. A causa do desenvolvimento da doença é uma dieta pobre, alimentação com alimentos ácidos, bem como caminhadas insuficientes ao ar livre.

A princípio, as manifestações da doença não são tão evidentes. Você pode notar que as cerdas perderam o brilho, começaram a cair, a pele está seca, as preferências gustativas do animal estão mudando, ele parece enfraquecido e emaciado. No futuro, a situação se agravará:

  1. A claudicação aparece.
  2. As articulações engrossam.
  3. É difícil para o animal se mover, muitas vezes mente.
  4. Os cascos estão deformados.
  5. As últimas vértebras da cauda amolecem e se dissolvem.
  6. Fraturas freqüentes são possíveis.
  7. O porco está perdendo peso rapidamente.

O tratamento da distrofia óssea visa suprir a carência de fósforo, cálcio, vitamina D e A. É importante diversificar a alimentação, prestar atenção ao passear com o animal, no verão, primavera e outono para dar acesso à luz solar no local onde o porco é mantido. É preciso deixar um porco doente na rua mesmo no inverno, pelo menos por um curto período de tempo.

Doenças pulmonares

Os porcos sofrem frequentemente de doenças respiratórias – pneumonia, bronquite, broncopneumonia e outras. As causas da morbidade são a diminuição da imunidade e a manutenção inadequada – aglomeração, quartos sem aquecimento, falta de roupa de cama, correntes de ar.

Os porcos muitas vezes sofrem de doenças respiratórias

Os porcos muitas vezes sofrem de doenças respiratórias

Quais são os sintomas de doenças dos pulmões e brônquios:

  1. Aumento de temperatura.
  2. Tosse.
  3. A secreção nasal é mucosa ou com inclusão de pus.
  4. Perda de apetite.
  5. Diarréia.
  6. Chiado.
  7. Dispneia.
  8. Frequência cardíaca rápida.

O tratamento das doenças pulmonares é sempre feito de forma complexa. O papel principal é atribuído aos antibióticos, graças aos quais é possível impedir o desenvolvimento da microflora patogênica nos pulmões e brônquios. Os porcos são inalados, aquecidos e recebem agentes mucolíticos. De particular importância é o trabalho que visa aumentar a resistência do corpo. Para isso, são utilizadas imunoglobulinas e vitaminas. Um animal doente é mantido em uma sala quente, bem ventilada e com um nível ideal de umidade.

Raquitismo

O raquitismo é caracterizado pelo amolecimento e deformação do tecido ósseo. A doença se desenvolve lentamente, afeta animais jovens principalmente após o desmame. Em risco estão os leitões que nasceram no outono e no inverno, quando falta luz solar e a dieta se torna escassa. O raquitismo ocorre quando há um desequilíbrio de cálcio e fósforo no corpo.

Sintomas de raquitismo em porcos:

  1. Perda de apetite.
  2. Letargia.
  3. Retardo de crescimento.
  4. Mudança nas preferências de gosto – comer roupa de cama, gesso.
  5. Dificuldades de movimento, claudicação.
  6. Convulsões.
  7. Espessamento das articulações, deformação dos ossos.

O tratamento do raquitismo visa eliminar as causas que causaram o desenvolvimento do…