A clorose da uva é uma doença que atinge a planta por falta de ferro. Nas pessoas comuns, é chamada de enfermidade pálida. Caracteriza-se pela diminuição do rendimento das uvas e, na ausência de tratamento atempado, pode até levar à morte da planta.
Características e perigo da doença
A clorose provoca uma violação da produção de clorofila pela planta, diminuindo a atividade da fotossíntese, que é um dos principais elementos da atividade vital dos representantes da flora. A falta de minerais, a composição inadequada do solo ou lesões infecciosas também levam à desaceleração na produção de clorofila. Como resultado, as folhas ficam descoloridas ou amareladas. Os rebentos ficam cor de limão.
Se for detectada clorose em variedades de uvas altamente resistentes a infecções virais, o arbusto pode retardar o crescimento, as folhas ficarão amarelas e as pontas dos brotos secarão. Se a doença se abateu sobre castas com sistema imunitário fraco, existe uma grande probabilidade de morte do arbusto.
O tratamento tardio da doença pode causar a morte de vinhas inteiras.
Tipos e sinais da doença
Entre os sinais característicos da doença estão os seguintes:
- queda e amarelecimento da folhagem;
- cessação do crescimento dos rebentos;
- redução no tamanho dos frutos;
- frouxidão dos pincéis de uva.
Estes ou outros sinais da doença manifestam-se em maior ou menor grau dependendo do tipo de doença.
- clorose não infecciosa. Ela se desenvolve devido à saturação inadequada das uvas com os minerais do solo. Distingue-se pelo amarelecimento da folhagem na região das nervuras, queda de flores e cachos, a planta para de crescer.
- clorose infecciosa. Este tipo de doença se desenvolve devido a fungos, vírus e microrganismos e morre a uma temperatura de + 58 ° C. Sinais da doença: manchas amarelas espalhadas aleatoriamente na folhagem verde. Os rebentos mudam de forma, o tamanho dos cachos diminui. Recomenda-se que esses arbustos sejam arrancados imediatamente, pois será difícil enfrentar a doença e existe o risco de infectar outras plantas.
- Clorose carbonática. É considerada a mais comum e se desenvolve em videiras que crescem em terrenos densos e com poucas trocas gasosas. Como resultado, a planta não recebe a quantidade adequada de carbonato e álcali. Na maioria dos casos, a doença é local. A planta fica amarela, depois seca e morre.
Causas da aparência
A clorose se desenvolve devido a danos virais ou falta de nutrientes. Uma variedade não infecciosa da doença pode ser causada pelos seguintes pontos:
- umidade excessiva do solo;
- chuvas prolongadas;
- fornecimento desequilibrado de elementos químicos para a terra.
Na maioria das vezes, a clorose não infecciosa é causada justamente pela falta de ferro e pelo teor excessivo de calcário no solo.
Terapias
O tratamento de uma doença como a clorose está diretamente relacionado à causa de sua ocorrência. Um tipo de doença não infecciosa é tratado com a realização de trabalhos agrotécnicos e com o uso de componentes químicos. O tipo viral da doença é tratado com fungicidas, mas primeiro é necessário remover as áreas infectadas, pois as infecções virais se espalham rapidamente e são muito difíceis de tratar.
Dentre as manipulações agrotécnicas necessárias para se livrar da clorose, destacam-se:
- solos leves e bem ventilados são selecionados para o cultivo de uvas;
- melhorar a permeabilidade ao ar e à água;
- o solo é coberto com cobertura morta;
- drenagem preventiva do terreno.
Medicamentos também são necessários. Entre os meios mais eficazes estão:
- quelatos e sulfato ferroso;
- sulfato de amônio e ferro;
- ácido sulfúrico.
Você também pode usar suplementos minerais com magnésio e zinco.
Mas na hora de fertilizar deve-se seguir rigorosamente as dosagens indicadas nos preparados, pois a deficiência ou uso excessivo de oligoelementos pode prejudicar o estado geral da planta.
Se os solos são propensos à alcalinização, o sulfato de ferro é necessariamente misturado ao ácido cítrico. Se o uso de produtos contendo ferro não deu o resultado desejado, provavelmente a doença é infecciosa.
O uso de fungicidas também é eficaz apenas na forma não infecciosa da doença.. No caso da clorose infecciosa, a única solução correta é retirar as plantas afetadas para evitar a infecção de outros arbustos.
No caso da clorose carbonática, os remédios populares são mais usados. Isso inclui cultivar a terra com uma solução de sulfato de ferro e esfregar sais de ferro nos brotos das uvas.
Dicas e Prevenção
O combate à clorose é um processo complexo e demorado, portanto, para prevenir o desenvolvimento da doença, recomenda-se prestar atenção às medidas preventivas.
- Imediatamente antes do plantio das uvas, devem ser realizadas manipulações para melhorar o estado do solo, sua permeabilidade à água e ao ar. Isto é especialmente importante em áreas onde o solo é pesado e as águas subterrâneas estão próximas da superfície. Você pode melhorar o solo criando drenagem de brita (evitará água estagnada) e 10-15 centímetros de escória. Um bônus adicional nesta situação será a supressão do crescimento de ervas daninhas e a ausência da necessidade de cultivo da terra.
- A introdução de componentes orgânicos no solo: turfa, composto, húmus. Mas o uso de esterco deve ser abandonado, pois quando ele se decompõe, é liberado dióxido de carbono. E isso provoca a dissolução da cal e o aumento da carbonização da terra.
- O plantio de plantas como trevo, cereais ou alfafa próximo às uvas contribui para a constante encharcamento do solo. Essas plantas alteram a composição química da terra e a tornam favorável às uvas. Além disso, o solo é enriquecido com nitrogênio e não é lavado.
- Toda primavera e durante a estação de crescimento as uvas são tratadas com uma solução de sulfato ferroso e quelato de ferro.
- Deve ser regularmente aplicar fertilizantes de potássio, até mesmo o método não-root é permitido.
- O solo é regularmente solto e coberto com cobertura morta, especialmente se for denso ou pesado. Se o solo for argiloso, deve-se adicionar areia ao solo antes do plantio das uvas.
- O uso de fertilizantes minerais deve ser totalmente abandonado.
- No outono, a terra deve ser escavada com alta qualidade.
- Rega moderada mesmo em condições de tempo seco.
Mas a principal medida preventiva é a seleção de castas que não sejam suscetíveis à clorose. Entre essas variedades estão as seguintes:
- “Alexa”;
- “talismã oriental”;
- “Zaporozhye kishmish”;
- “Moscatel”;
- Elbling.
Deve-se entender que cada tipo de clorose requer uma abordagem individual para um tratamento mais eficaz. Portanto, ao escolher os métodos de tratamento, é necessário determinar com precisão o tipo de doença.
E é ainda melhor pensar com antecedência na prevenção desta doença e adquirir uma casta que não tenha medo da clorose, para ter a certeza de uma colheita farta e de qualidade.
Você pode aprender como lidar com a clorose da uva sem pulverizar no vídeo abaixo.
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