Raça de cavalo marshador Mangalarga

O Mangalarga Marchador é uma raça de cavalo nativa do Brasil, descendente de cavalos de origem espanhola. Dos seus antepassados ​​da Península Ibérica, estes animais herdaram extraordinária beleza, graça e resistência, e das raças locais de sangue sul-americano – a capacidade de marchar.

Marechal para Mangá

Origem da linhagem racial

O pré-requisito para a criação de uma nova raça foi a chegada ao Brasil da família real vinda de Portugal. Isto aconteceu em 1808. João VI trouxe consigo para a América do Sul os melhores garanhões da raça Lusitana, então criados na Coudelaria Alter Royal.

Os animais foram entregues em uma das províncias do estado de Minas Gerais. Este é um lugar verdadeiramente lindo, famoso pela abundância de pastagens. Por toda parte estendiam-se enormes plantações de cafeeiros, pelas quais seus proprietários caminhavam diariamente. Os proprietários locais precisavam de cavalos resistentes nos quais pudessem fazer longas caminhadas, inspecionando seus bens. Os cavalos utilizados pelos proprietários de latifúndios eram chamados de “fazendeiro”. Eles fizeram várias exigências:

  • despretensão;
  • boa disposição;
  • estadia confortável do cavaleiro na sela;
  • resistência.

Em 1822, João VI presenteou o barão local, dono de uma enorme quinta de criação de cavalos, Gabriel Francisco Junqueira, com o seu melhor garanhão chamado Sublime. Assim, o cavalo da raça Lusitano foi parar na fazenda Campo Alegre, em Minas Gerais. O fazendeiro, que recebeu um presente do rei, conhecia o seu negócio; durante várias décadas ele criou cavalos, imitando seu pai.

Gabriel Francisco utilizou uma Lusitana para acasalar com as éguas do seu rancho. Eles eram de origem espanhola e descendiam dos cavalos dos colonizadores. Os melhores cruzamentos nascidos do Sublime logo foram vendidos ao dono de uma fazenda chamada Mangalarga. Esta fazenda de criação de cavalos estava localizada perto do Rio de Janeiro. O Sr. Jukeira continuou a criar os demais indivíduos da propriedade.

Os descendentes do Sublime foram uma verdadeira obra de arte. Eles combinaram beleza, elegância, graça. Os cavalos podiam realizar marchas, um tipo especial de marcha, pelo que foram apelidados de “marcadores de Margalarga”. Eles demonstraram excelentes qualidades – mobilidade, resistência e capacidade de andar suave e fluido. Os melhores garanhões da fazenda levavam os fazendeiros ao palácio real.

Logo a raça atraiu a atenção do público e começou a ganhar popularidade. Muitos anos se passaram antes que fosse oficialmente reconhecido e registrado. O livro tribal dos marshadores foi iniciado em 1949.

Raça tribal de marshadores

Dividindo a raça em duas linhas

No século XIX, parte da família do Sr. Jouqueira, dono de uma fazenda de cavalos em Minas Gerais, mudou-se para São Paulo, levando consigo cavalos. As pastagens locais impressionavam pelo seu tamanho gigantesco. Para percorrer esse terreno, eram necessários não apenas cavalos confortáveis, mas também cavalos rápidos. Agora os agricultores enfrentavam outra tarefa – modificar a raça, dando-lhe agilidade.

A família Jukeira, que chegou ao planalto paulista, decidiu infundir sangue fresco para seus cavalos. Garanhões puro-sangue ingleses, árabes e representantes da linhagem de cavalos americana foram escolhidos como melhoradores da raça.

Tais mudanças levaram à divisão da raça brasileira de cavalos Mangalarga em 2 ramos – Marchador e Paulista. Os cavalos criados em Minas Gerais se diferenciam pela habilidade de andar em marcha, um andar suave e confortável para o cavaleiro.

Os animais paulistas, porém, também não perderam a capacidade de demonstrar andamentos inusitados, mas seus movimentos são muito mais rápidos que os dos representantes da linha de marchadores Margalarga. A marcha deles é chamada de “trotada”, que se traduz literalmente do português como “lince”. Esse tipo de corrida é mais rápido que a marcha tradicional, mas não tão suave.

O estado atual da raça

Hoje no Brasil existem cerca de 320 representantes da raça Mangalarga Marchador, e cerca de 40 é o número de paulistas. Cada uma das linhas tem muitos adeptos entre a população local. Apesar do pequeno número da filial paulista, ela apresenta uma série de vantagens em relação ao seu antecessor Marshadore:

  • esses cavalos são mais resistentes;
  • ter agilidade;
  • capaz de percorrer longas distâncias, embora menos conveniente para o piloto.

Atenção! A marsha trotada, inerente ao ramo paulista, é considerada de mais fácil execução, o que permite que os cavalos se desloquem com mais rapidez e facilidade em longas distâncias. Movendo-se nessa marcha, os cavalos economizam forças.

Horse Mangalarga marshadore

A comissão da associação de criadores seleciona escrupulosamente garanhões e éguas para reprodução, avaliando os candidatos numa escala de cem pontos. É dada grande importância às características externas dos animais e à sua capacidade de demonstrar movimentos.

Os juízes testam a beleza, fluidez, velocidade e estabilidade da marcha de cada cavalo durante 45 minutos. Para que o nome de um garanhão seja inscrito no livro genealógico, ele deve marcar 70 pontos. Para as éguas, as exigências são um pouco mais brandas, elas precisam tirar 65 pontos em 100. Os representantes modernos da raça são populares não só em sua terra natal, no Brasil, mas também na Europa. Eles são usados ​​com sucesso em esportes amadores.

Descrição dos cavalos Mangalarga marshador

Exterior

A altura média do garanhão é de 1,52 m e o peso é próximo a 500 kg. As cores comuns na raça são caraca, cinza, vermelho, louro escuro, malhado.

Características externas:

  1. A cabeça é seca com um belo perfil reto. Menos comum é ligeiramente bulboso, típico do sangue berbere.
  2. O pescoço é de comprimento médio, inserido alto e bem musculoso.
  3. Um tórax profundo e expandido indica um grande volume dos pulmões.
  4. O corpo não é longo, a linha das costas é reta, os músculos são bem visíveis na parte inferior das costas.
  5. A garupa é oval, inserida baixa.
  6. Os membros são secos e finos, com articulações pronunciadas e cascos fortes.
  7. A pelagem é macia ao toque, a crina é sedosa.

Caráter e dignidade

Proprietários de cavalos da raça Mangalarga Marchador descrevem seus cavalos como animais calmos e dóceis. Eles são inteligentes, resistentes e fáceis de treinar. As vantagens da raça incluem as seguintes qualidades:

  • boa adaptabilidade ao clima tropical quente e úmido;
  • resistência a doenças;
  • pouco exigente para alimentar;
  • a possibilidade de manter tanto no estábulo como no pasto.

A famosa marcha do cavalo brasileiro

A raça Mangalarga Marchador é caracterizada por um tipo de marcha incomum, denominado movimento ou marcha. Difere do passeio usual, mostrado por representantes de raças americanas.

A raça Mangalarga Marchador é caracterizada por um tipo de marcha incomum.

A caminhada é um cruzamento entre o tradicional trote, amble e walk.. O cavalo mangalarga marshador bate no chão com os cascos por sua vez, enquanto não há fase de suspensão. Ou seja, durante a corrida, um casco está sempre em contato com o solo.

A marcha é caracterizada por menos tremores que o trote, enquanto a velocidade do movimento é bastante elevada. A caminhada do mangalargi é ideal para o cavaleiro que passa várias horas na sela. A capacidade dos cavalos para tal marcha é herdada. Quase todos os potros são capazes de andar. Aqueles que não herdaram essa habilidade dos pais são facilmente treinados.

Atenção! No Brasil são criadas 3 raças de cavalos capazes de movimentar marchas – Mangalarga Marchador, Paulista e Campolina. Existem diferentes tipos de golpes – picada, cambraia e trotada, característicos da linha paulista.

Fato interessante

Em 1994, 6 representantes da raça Mangalarga Marchador foram incluídos no Livro dos Recordes do Guinness. Eles demonstraram ao máximo sua resistência e despretensão, percorrendo uma distância de mais de 19 mil km em 776 dias. Havia 3 brasileiros mais velhos com os cavalos. Durante o movimento, os cavalos caíram em diferentes zonas climáticas e se contentaram com pastagens.

Quando a companhia retornou a São Paulo, um dos viajantes decidiu continuar a viagem e seguiu para a capital argentina, após o que galopou de volta. No total, o cavalo montado por Jorge Diaz de Aguiar percorreu 25.100 km. Este fato confirma o quão despretensiosos, fortes e resistentes são esses animais.

O Mangalarga Marchador é uma raça única de cavalos cujos ancestrais são os cavalos andaluzes. No Brasil são muito valorizados, são considerados um tesouro nacional do país. O livro genealógico desta linhagem da raça está fechado há muito tempo, os animais são criados com pureza de sangue, de acordo com padrões rígidos. Não é à toa que esses cavalos ganharam fama fora do continente sul-americano. Hoje podem ser encontrados na Alemanha, Holanda, Portugal e Bélgica.

Você pode marcar esta página

Sair da versão mobile